24.10.08

Eles custam caro e nos custamos a batida de nossos corações.


Amigo, nesse sábado, use uma blusa verde. Visite seus amigos. Telefone. Faça uma parada prolongada na locadora de vídeo, na fila da compra do pão.
Fique de papo furado no bar da esquina, na praça, em frente ao seu jornaleiro.
Mande um email, ocupe os blogs, as páginas de jornal, os espaços no Orkut.
Peça um voto honesto, peça um voto verde, e vamos dar um pouco de seu tempo, do nosso tempo para o Gabeira.
Mesmo voce, de outro Município, de outro Estado,com certeza conhece alguem do Rio. Quem não tem alguém no Rio :-)
Não quero a vitória pela vitória. Quero a vitória pela nossa história, pela história do Gabeira.Para que o Rio, volte a ser Maravilhoso.
Quero uma vitória de esperança, de renovação, de alegria.
O Deputado Jorge Picciani resolveu agora mostrar a cara que ainda estava escondida atrás do biombo.
Ele é capaz de tudo e acha que tudo pode.
A nossa luta é a nossa crença.
Eles custam caro e nos custamos a batida de nossos corações.
Vamos tomar as ruas, as frentes das zonas eleitorais, as esquina.
Com máquina fotográficas, com filmadoras, com parceiros pois nós somos a Lei e a Justiça.
Se ela é cega, omissa, conivente, a Constituição de nosso pais no da a salvaguarda do papel de cidadãos, de ter o poder de voz de prisão.
De exercer em sua plenitude a democracia.
Foi por isso que Gabeira lutou e foi preso. Para que tenhamos voz e não a boca amordaçada e a cabeça abaixada.
Quem tem que ficar na penumbra, nos guetos, nas sarjetas e vielas são eles.
O nosso papel é de estar sob a luz forte do dia, sorridentes, com a cara a mostra gritando Liberdade...chega de tirania...viva Gabeira......

17.10.08

É preciso combater e sonhar


Essa foto me faz lembrar a década de 60. “Ontem”, quando ainda jovem e fazendo parte da AMES (“Associação Metropolitano dos Estudantes Secundários” tinha encontro quase diário com a tropa de choque que ficava postada em frente a Maison de France. Morava na época na Prudente, entre a Farme de Amoedo e a Montenegro, em Ipanema. “Hoje” estava sentado na praça, empunhando a bandeira do PV na campanha política para nossos vereadores.
Nesse meio, tem um tempo enevoado, em que a realidade se mistura com o imaginário e com os dois pés abertos em seus extremos, tento recontar a minha história de modo que possa unir tudo de novo.
No “dia de ontem” os inimigos, batiam de cassete e os cães pastores tentavam nos morder. Eles, no entanto tinham faces, eram conhecidos, sabíamos como pensavam e agiam. Não havia subterfúgio. Se nós pegavam, nos prendiam e torturavam. Muitos de nós sumimos e outros morreram. Outros ainda, como eu, foram para o exterior e uma grande maioria permaneceu em resistência.
Éramos nós, que sonhavam a utopia da liberdade que tivemos que aprender a usar a simbologia como forma de comunicação, nas músicas do Chico, nas paginas em branco dos jornais, nas peças do teatro de arena, nas poesias de Manoel Alegre em Portugal, pois lá também se fugia da ditadura, do Salazar e na Espanha de Franco.
Hoje, podemos sonhar, mas quase um sonho impossível. Os inimigos ocupam em número crescente partidos com siglas em discursos demagógicos e são eles que usam linguagem cifrada na tentativa de manutenção do poder a todo e qualquer custo.
Enquanto travestidos de honrados cidadãos, escamoteando a verdade em jogos de arranjos, compras de autoridades e firulas jurídicas, armam nos bastidores as compras de votos, compra de sentenças, emissão de informações falsas por todos os meios e tendo como contendores, um Estado ausente, omisso, incapaz de agir, quando não conivente e base concreta para a eterna perpetuação no poder.
Temos dificuldade em conhecer seus rostos de fato e seus nomes, pois se escondem atrás da farda democrática partidária da qual usam como bem pessoal e familiar. São fakes,laranjas, são anônimos, são miragens de covardes. Até pouco tempo, alguns até matavam, mas hoje perseguem, oprimem e constrangem e usam da Coisa Pública em benefício próprio dos seus e muitas vezes apadrinhados por empresas e “cidadãos acima de qualquer suspeita”
A luta antiga era mais dura, mais mortal, mas essa de agora é mais suja, mais podre, mais difícil de entender e combater.
Não podemos, no entanto esmorecer e é preciso continuar a sonhar mesmo com 62 anos de idade